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há 2 dias
Colorir virou tendência: o que os livros para adultos nos ensinam sobre comportamento e consumo
Colorir deixou de ser apenas coisa de criança. Nos últimos anos, os livros de colorir voltados para adultos ganharam espaço nas prateleiras (e nas redes sociais), prometendo relaxamento, foco e uma pausa na rotina acelerada. Mas como toda boa tendência, o que começou como hobby já virou nicho, mercado e, para alguns, até profissão.
De passatempo a mercado criativo
A proposta inicial era simples: oferecer momentos de desaceleração por meio da pintura. Mas o crescimento dessa prática gerou também uma onda de cursos, perfis especializados e até monetização de conteúdos sobre como “colorir certo”. Plataformas como YouTube e TikTok estão cheias de tutoriais, técnicas de sombreado e dicas de materiais. Isso é ótimo para quem quer se aprofundar, mas também levanta a pergunta: até onde o lazer precisa ser performático?
Outro fenômeno que acompanha essa febre criativa é o uso de inteligência artificial para gerar livros inteiros de ilustrações no estilo “coloring book”, muitas vezes imitando estilos artísticos e culturais sem dar os devidos créditos. De artistas famosos com Taylor Swift, a livros como a saga Crepúsculo, e versões de pessoas comuns, são algumas das personalizações.
Para marcas e criadores, isso levanta um ponto importante: como produzir conteúdo visual sem reforçar estéticas genéricas ou recorrer a soluções pouco éticas? A criatividade continua sendo um diferencial, e o cuidado com referências e originalidade deve ser valorizado. Além disso, a facilidade de distribuição digital aumentou os casos de falsificações e cópias não autorizadas desses materiais.
O que isso ensina para quem trabalha com conteúdo e comunicação?
- Tendências podem nascer do simples: colorir é um hábito antigo, mas foi ressignificado com linguagem e estética contemporânea.
- Nem tudo precisa virar produto: o sucesso de um hobby pode inspirar campanhas, sim, mas sem tirar a leveza do que ele representa.
- A estética precisa de contexto: usar ilustrações ou visuais baseados em culturas, ou estilos específicos exige pesquisa e respeito às origens.
- A experiência importa: o que engaja o público não é só o conteúdo visual, mas o sentimento que ele desperta.
A onda dos livros de colorir para adultos é um retrato interessante do nosso tempo. Fala de cansaço, busca por bem-estar, mas também da velocidade com que hobbies viram tendência e, às vezes, negócio. Para marcas e criativos, a lição está em equilibrar inspiração com autenticidade e lembrar que nem tudo precisa ser perfeito para ser poderoso.
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