Até pouco tempo, imaginar um vídeo completo sendo criado com apenas uma descrição textual parecia algo distante. Mas esse futuro chegou, e rápido. Ferramentas como o Sora, da OpenAI, e o Veo, do Google, estão colocando nas mãos de mais pessoa a possibilidade de criar vídeos realistas, com qualidade cinematográfica, sem precisar de câmeras, atores ou locações. E esse é só o começo. 

O que são essas novas IAs de vídeo? 

As IAs de vídeo, como Sora e Veo, funcionam a partir de prompts, que são comandos de texto que descrevem cenas. A partir disso, elas geram clipes curtos com movimentos naturais, iluminação refinada e alto nível de detalhe visual. Em vez de filmar uma cena, você a escreve. E, em segundos, ela aparece diante dos seus olhos. 

Além do Sora e do Veo, outras plataformas também estão se destacando nesse universo: 

Runway Gen-2: bastante popular entre artistas e criadores, gera vídeos a partir de texto, imagens ou vídeos existentes. 

Pika Labs: conhecida por seu apelo visual e facilidade de uso, caiu no gosto do TikTok. 

Synthesia: voltada para vídeos corporativos com avatares humanos, muito usada em treinamentos e apresentações. 

Por que isso importa? 

A chegada dessas IAs marca uma virada no modo como produzimos e consumimos conteúdo audiovisual. Pense no impacto que o Canva teve sobre o design gráfico. Agora, imagine isso acontecendo com o vídeo. 

Isso significa: 

Mais gente criando: pessoas que nunca trabalharam com audiovisual agora podem experimentar, testar, criar, tudo com um clique. 

Novas narrativas: estéticas experimentais, cenas imaginadas, efeitos visuais inacessíveis... tudo isso se torna possível, mesmo sem orçamento de cinema. 

Discussões éticas: a facilidade de criar imagens realistas também levanta questões sobre deepfakes, representações culturais e autoria criativa. 

E onde entra o marketing nessa história? 

Para quem trabalha com marcas, campanhas e conteúdo digital, esse movimento é um divisor de águas. A produção de vídeo, que sempre foi a etapa mais cara e demorada, pode ser redesenhada. 

Com essas ferramentas, é possível testar ideias com mais agilidade; criar conteúdos para redes sociais com estética de alto nível; prototipar campanhas visuais; personalizar vídeos para diferentes públicos. Mas atenção: a IA faz o vídeo, não a estratégia. A criatividade, o roteiro e o propósito continuam sendo o que diferencia uma peça comum de uma que realmente gera impacto. 

Sora, Veo, Runway, Pika... o mundo dos vídeos gerados por IA está só começando, e já está sacudindo o jeito como pensamos audiovisual. Para criadores, curiosos e marcas, o momento agora é de experimentar com consciência, entender o potencial e os limites dessas ferramentas e, acima de tudo, continuar colocando a ideia no centro de tudo. 

Na SDI, a gente acompanha de perto essa evolução para ajudar marcas a transformar tecnologia com criatividade, responsabilidade e visão de futuro.